O setor automóvel foi um dos mais afetados durante os anos de crise. Os portugueses sofreram cortes de rendimento e enfrentaram dificuldades económicas. Mas após esses anos mais difíceis e numa altura em que as questões ambientais estão cada vez mais na ordem do dia, será que temos um parque automóvel mais moderno e mais amigo do ambiente? E na condução? Continuamos a ter comportamentos de risco enquanto circulamos nas estradas portuguesas? A Cartrack Portugal propõe-se responder a todas estas perguntas e faz-lhe um retrato geral sobre o parque automóvel, a condução e a segurança das estradas portuguesas na Semana Europeia da Mobilidade.
O setor automóvel em Portugal está em crescimento desde 2015, mas a verdade é que o parque automóvel está cada vez mais envelhecido, levando o país a estar mais perto dos países da Europa do Leste do que da Europa Ocidental.
Depois da crise económica registada em 2008, que levou o mercado automóvel a ressentir-se e a registar fortes quebras, os portugueses deixaram de comprar tantos carros novos. As dificuldades económicas, a falta de crédito bancário e o fim dos incentivos ao abate de viaturas do Estado para levar a um aumento da compra de veículos novos foram os motivos que levaram ao aumento do envelhecimento do parque automóvel.
O cenário mudou entretanto. Com o fim da crise, os portugueses voltaram a comprar mais carros e o parque automóvel em Portugal atingiu os seis milhões de veículos, dos quais cerca de 4,8 milhões são ligeiros de passageiros. Só em 2017, o mercado automóvel registou um crescimento de 7,7%, em relação ao ano anterior.
Mas isso ainda não foi suficiente para fazer diminuir a idade média dos veículos que circulam nas estradas portuguesas. Os dados estatísticos mostram que 2,6 milhões dos seis milhões de veículos têm idade superior a 10 anos e a idade média dos ligeiros de passageiros regista os 12,6 anos, o valor mais elevado de sempre, segundo o Jornal de Negócios.
Nos números que traçam o retrato do parque automóvel destacam-se também as políticas de incentivo à aquisição de veículos amigos do ambiente. O aumento de vendas de veículos elétricos e dos híbridos plug-in tem sido cada vez mais elevado. Em 2017 existiam 5774 veículos elétricos a circular em Portugal, mais 1640 em relação a 2016.
O crescimento dos veículos híbridos plug-in também se tem feito sentir. Em 2010 foram vendidos apenas 5 híbridos plug-in. Passados sete anos, em 2017, o crescimento e a atração por este género de veículos é visível na aquisição de 2442 viaturas deste tipo.
Estes são os números do parque automóvel em Portugal. E quanto à condução? Os portugueses estão a melhorar o seu comportamento ao volante? Cerca de 55% dos condutores portugueses já teve um acidente rodoviário, revela um estudo da Continental Pneus Portugal, com o apoio da Autoridade de Segurança Rodoviária (ANSR) e da Prevenção Rodoviária Portuguesa. Este estudo centra-se no comportamento dos condutores portugueses, chegando à conclusão que os jovens condutores têm o hábito de fumar, usar o telemóvel, maquilhar-se e tomar o pequeno-almoço enquanto conduzem. Já as famílias jovens com filhos têm aproveitam a viagem de automóvel para ler e responder a e-mails, enviar SMS, tratar da agenda, lanchar, almoçar, maquilhar-se e ainda gerir as crianças no banco de trás.
Os acidentes acabam por acontecer. Só em 2017 houve 136.239 acidentes de viação em Portugal, segundo Relatório Anual de Segurança Interna, o que representa um aumento de 2,3% em relação ao ano anterior. Destes 136.239 sinistros rodoviários houve 34.416 vítimas, das quais 520 mortais, 2387 feridos graves e 43.297 feridos ligeiros.
O aumento da sinistralidade rodoviária deve-se mais uma vez ao período pós-crise. Depois de uma redução acentuada dos acidentes rodoviários entre 2011 e 2014, a melhoria da situação financeira das famílias, levou as pessoas a voltarem a circular mais de automóvel para o trabalho e em lazer. Por esse motivo houve o registo de mais acidentes rodoviários, embora o número de vítimas tenha diminuído.
O comportamento dos portugueses ao volante também se traduz nas multas de trânsito aplicadas pelas forças de segurança e, neste campo, o comportamento tem melhorado. As multas diminuíram 20,6% em 2017 face ao ano anterior, refere o Relatório Anual de Segurança Interna. Das 990.360 contraordenações, 691.049 são leves, 243.387 graves e 55.928 muito graves.
Para completar o retrato do universo automóvel em Portugal é também necessário olhar para os dados de furtos e roubos de veículos em Portugal. Numa análise feita pela Cartrack Portugal foi possível perceber que este fenómeno continua a afetar milhares de portugueses todos os anos. Segundo dados do Relatório Anual de Segurança Interna, em 2017 registaram-se em média 28 furtos de veículos por dia, num total de 10.254. A estes dados ainda há que somar os 119 casos de roubo com recurso a violência ou ameaça.
Só nos primeiros seis meses do ano, foram contabilizados 20 furtos de veículos a clientes da Cartrack. Graças aos serviços inovadores de localização GPS, todas as viaturas acabaram por ser recuperadas. A taxa de sucesso de 100%, nestes primeiros seis meses de 2018, demonstram como é importante salvaguardar os bens, quer sejam particulares ou de empresas.
Produzido pela Webtexto para a Cartrack