Acidentes de viação aumentam em Portugal

Dados dos acidentes de viação em Portugal

Desde 2012 que o número de acidentes de viação nas estradas portuguesas não pára de aumentar. Se, nesse ano, as autoridades registaram perto de 115 mil acidentes de viação, a cada relatório anual que se seguiu a contabilidade de sinistros não parou de aumentar, fixando-se perto dos 139 mil acidentes em 2018. Uma tendência preocupante, que se segue a duas décadas de acelerado decréscimo da sinistralidade nas estradas portuguesas e que traz associada uma outra consequência, ainda mais grave – o número de mortos e feridos graves também está a crescer.

A meta há muito perseguida de chegar a um nível de mortalidade nas estradas abaixo de 500 vítimas chegou a ser atingida, entre 2004 e 2016. Mas os últimos dois anos para os quais existem dados mostram um crescimento significativo da mortalidade nas estradas, agora bem acima do tal número 500 (520 em 2017 e 524 em 2018). De notar que estes números referem-se aos óbitos ocorridos no local do acidente ou durante o percurso até à unidade de saúde, contabilizados dos Relatórios Anuais de Segurança Interna (RASI). Se forem incluídos os mortos que acontecem até 30 dias após o acidentes – método de contagem usado pelo Eurostat – constata-se que a realidade da sinistralidade é ainda mais grave, com 602 mortos em 2017 (último ano para o qual há dados consolidados), em vez dos 520 referidos no RASI desse ano.

Quanto à natureza dos sinistros, verifica-se que a maior parte dos acidentes resulta de colisões. Destas, prevalecem os choques que envolvem veículos ou objetos deixados na faixa de rodagem, colisões frontais, ou situações de choque posterior. Atropelamentos de peões e despistes com capotamento são também situações muito frequentes. Metade dos acidentes com vítimas envolve viaturas ligeiras de passageiros, sendo que os que envolvem motociclos representam 13%. Outros 13% dos acidentes com vítimas envolve peões, uma realidade que tem crescido preocupantemente no País.

A escalada da sinistralidade rodoviária traz aos cidadãos e entidades uma dupla penalização, seja pelas perdas humanas que os acidentes de viação representam, seja pelos custos económicos que trazem à comunidade.

A tendência de estagnação da descida ou mesmo o aumento do número de acidentes de viação não é só portuguesa. Os dados europeus mostram que, a partir de 2014, foi interrompida a quebra, até aí muito acentuada, dos níveis de sinistralidade. O que provocou, também um desvio brutal em relação à meta de reduzir a mortalidade nas estradas para metade, entre 2010 e 2020. Se a meta era chegar a um valor máximo de 15 mil vítimas mortais na UE em 2020, os números de 2017 mostram que morreram nesse ano 25.260 pessoas, o que representa um decréscimo de apenas 20% em relação a 2010.

 

 

Dados dos acidentes de viação em Portugal

 

 

Produzido pela Webtexto para a Cartrack

 

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